Novo paradigma

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Porque é que a Escola dos nossos dias ainda vive muito do modelo tradicional de sala de aula e de aprendizagem em que os alunos ouvem o professor ensinar a matéria? Será que este modelo ainda é o adequado para os jovens de hoje? Será que as ocupações futuras destes jovens precisam deste modelo para desenvolver as competências essenciais?

A nossa visão de escola e de aprendizagem não se revê no modelo tradicional. Então como vamos fazer?

Vamos lançar um projecto piloto na educação pré-escolar, no 1.º ano e no 5.º ano (e depois progressivamente nos anos seguintes) em que a filosofia central está em perceber que o aluno aprende mais e melhor se aquilo que está a aprender tiver significado para ele. Aprende mais e melhor se os agentes promotores da mudança forem diversificados (professores, colegas, pais, funcionários, comunidade). Aprende mais e melhor se se envolver no que está a descobrir.

A educação pré-escolar e o 1.º ciclo já vivem, em grande parte, deste modelo. Queremos no entanto que as crianças se envolvam no dia-a-dia da sua escola, nas tarefas que normalmente estão reservadas aos adultos, para que com possam ter experiências e actividades enquadradas em cenários da vida real, que lhes permitam desenvolver a autonomia, a responsabilidade e a auto-estima, sempre com base em metodologias activas de aprendizagem. A supervisão será sempre de um adulto e o educador/professor será sempre o gestor das aprendizagens.

No 2.º e 3.º ciclo a mudança de paradigma terá que ser forçosamente maior porque o que ainda vigora, com mais frequência, é o sistema tradicional, centrado num ensino por instrução que apela sobretudo à utilização da memória de curta duração.

As 2 turmas piloto do 5.º ano terão por base uma vivência da escola um pouco diferente do tradicional, em que o fio condutor não serão as disciplinas tradicionais mas a construção de cenários de aprendizagem que mobilizem os vários saberes, na procura das competências do perfil do aluno.

FAQ

1 – Os alunos de 5º ano deixam de ter as disciplinas do curriculo?

R: Não, apenas as trabalham de forma diferente, em regime de interdisciplinariedade

2 – Os alunos de 5º ano deixam de ter aulas?

R: Se pensarmos numa aula tradicional sim. Os alunos trabalharão em regime de projecto, durante parte do tempo que estão na escola e em diversos espaços escolares, supervisionados por adultos.

3 – Deixa de haver faltas para estes alunos?

R: Não, o regime de faltas mantêm-se porque as valências de cada disciplina vão continuar no curriculo.

4 – O horário semanal dos alunos irá sofrer muitas alterações?

R: Não, a mancha horária será a mesma e muito parecida com este ano lectivo. O que muda é a forma como o trabalho escolar é gerido.

5 – As turmas continuarão a existir?

R: Neste momento ainda sim. Num futuro próximo não. Num grupo turma o professor tem a tendência de ensinar para o aluno médio. Numa turma existem alunos muito diferentes. Não é porque têm idades semelhantes que têm capacidade para aprender o mesmo.

6 – Como será feita a avaliação?

R: Avaliação para nós significa o acompanhamento que o professor faz do trabalho do aluno, os conselhos que dá para este melhorar (feedback) e as decisões que os dois tomam para que o aluno aprenda mais e melhor. Neste projecto, o professor terá maior disponibilidade para acompanhar o aluno porque não estará a “dar” aula e fará esse acompanhamento através dos trabalhos que o aluno produz (evidências de aprendizagem).

7 – Como será expressa a classificação no final dos semestres?

R: Por enquanto, da mesma forma que é habitual. Numa escala de 1 a 5, sendo que este valor será encontrado tendo em conta a avaliação que o professor faz do desempenho do aluno.

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